sábado, 4 de setembro de 2010

De Sam's Town a Flamingo: A carreira solo de Brandon Flowers



Antes de começar o texto, fiquei analisando a cor dos olhos do Brandon Flowers. Alguns afirmam que trata-se de algum tipo de verde, mas a Wikipédia afirma que é hazel, ou seja, castanho-claros. Essa afirmação não tem relevância nenhuma em relação ao álbum solo Flamingo, mas sim a condição de ícone fashion do frontman do The Killers. Seu cabelo é quase propositalmente parecido com o de Morrissey, um de seus maiores ídolos.



Ambos parecem quase compartilhar coincidências. O The Smiths acabou depois de quatro álbuns de inéditas e um disco ao vivo. O The Killers entrou em hiato depois de três álbuns de estúdio, um álbum de b-sides e um DVD e disco ao vivo, gravado no Royal Albert Hall, em Londres. Ainda na trilha estética do vocalista, uma repórter já teria revelado certo desconforto ao entrevistá-lo, por ele ser muito belo. E ele sabe disso:
“Sinto-me como se não tivesse permissão para dizer algumas das coisas que sinto.” Por quê? “Sou bonito demais.”, disse recentemente para a Rolling Stone americana.



Convicto de sua beleza, mas considerado muito inseguro por boa parte dos jornalistas que já o entrevistaram,  Flamingo, seu álbum solo, a ser lançado no dia 20 de setembro no Brasil, parece ser a oportunidade de Flowers mostrar segurança, certo? Embora ele continue na defensiva, depois de ter sido bombardeado pelos fãs, que temem que esse seja o fim do quarteto de Las Vegas.
- Não quero que pareça narcisista, garantiu Flowers em entrevista a CQ Magazine.





Mas a aparente insegurança ganha outros contornos ao conferirmos o álbum de Brandon. Ele sabe exatamente o que quer. O disco foi produzido por um time de produtores para ninguém colocar defeito. Stuart Price reedita a parceria do álbum Day And Age, Daniel Lanois, que já produziu U2, Brendan O’Brien, que produziu Pearl Jam e Jenny Lewis, vocalista do Rilo Kiley (ela também divide os vocais com Flowers na canção Hard Enough).


O nome Flamingo faz menção ao famoso hotel e cassino homônimo, da família Hilton, em Las Vegas. Também remete a Flamingo Road, local onde Flowers passava bastante tempo e onde conheceu sua esposa.

Crossfire, a primeira canção do álbum, que apesar de não soar tanto com The Killers, lembra bastante a pegada mais pop do quarteto no seu último álbum.  A música foi lançada no programa de Zane Lowe, radialista britânico da BBC. Lowe havia sido um dos responsáveis pelos primeiros boatos de que Flowers aproveitaria o descanso da banda para continuar trabalhando, pouco tempo depois do tablóide The Sun ter dado pistas, que foram logo desmentidas pelo grupo. Zane também voltaria atrás em sua declaração via twitter. Pouco tempo depois, um countdown misterioso no site oficial do grupo revelaria a carreira solo de Flowers.






O lançamento de Crossfire também recebeu requintes de mistério. Á cada letra colocada no site, que formariam o título da canção, um elemento da música era revelado. Assim, ela se completou aos olhos e ouvidos do público.
O single foi lançado em formato digital no Itunes no dia 21 de junho, dia do aniversário de Flowers. O vídeo da música será lançado no dia 08 de julho e é dirigido por Nash Edgerton e protagonizado pela atriz Charlize Theron.
Ainda sobre as canção de Flamingo, mais referências à Las Vegas, como a canção Welcome to Fabulous Las Vegas. Mas segundo a Rolling Stone, o que se vê não é o brilho das luzes, mas o lado mais escuro da cidade.

“Temos as prostitutas, as drogas, pessoas perdendo suas aposentadorias, tudo sob a fachada das luzes de neon. É tipo um destruidor de corações”, disse Flowers à publicação.



Em Flamingo, Brandon pode desenvolver outros pontos criativos, que tiveram que ser deixados de lado no The Killers, como a sua religiosidade. Mórmon praticante, Flowers canta sua fé em On The Floor e faz referência para crenças alheias em From Nogales to Magdalena. Em Only the Young, Flowers homenageia sua mãe, falecida no começo do ano.



Com o Flamingo, Brandon tenta nos mostrar que amadureceu. Desde as composições mais diretas e objetivas até seu novo estilo. Pai de dois filhos, ele tenta levar um pouco dessa responsabilidade para o album. Sem jamais deixar de lado seu nacionalismo excessivo, Sam's Town é o único dos 3 albuns que chega perto de uma pequena semelhança com Flamingo. 

Créditos: Maitê, colaboradora desse blog e dona do Last Season.


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